Thursday, March 27, 2008
Cartão jovem
Bem, estava eu para aqui a pensar com os meus botões e apercebi-me que este ano perdi a oportunidade de fazer pela última vez o cartão jovem! Não que o tivesse feito pelos descontos, mas pelo sentimento que dai advém! Daqui a duas semanas vou entrar definitivamente no grupo dos adultos, o IPJ já não é para mim. Possivelmente chegou a altura de finalmente ganhar juizo e passar a comportar-me como tal.
Tuesday, March 25, 2008
Easter Lunch
Ana's chicken rice, there is no duck in this country
What a nice table
Latvian eggs Fight
Elina and Liliana
Twin Anas, guess who is Portuguese and who is PolishFor Easter I had a really international lunch at my place! Soop was Polish, main dish Portuguese and salad was Latvian. Best thing was that I didn't have to cook! Four girls cooking for me :P! But of course everything was delicious, and I have to thank Ana, Liliana, Elina and Anna to have made Easter less difficult to spend away from the family!
Não resisti em opinar!
E lá ficam agora vocês a pensar outra vez! Está-me este individuo s
Mas esta situação da pseudo - agressão a uma Professora por uma aluna do nono ano! Meus amigos, a situação é para processo disciplinar à criancinha por falta de respeito à professora, mas não vamos fazer uma tempestade num copo de água! Digamos que acontecem coisas bem mais graves nas escolas portuguesas em outras zonas bem mais problemáticas! E não vejo nenhuma dissertação demagógica por um dos nossos políticos acerca dos problemas nas escolas em zonas problemáticas do Porto, Lisboa ou outras cidades do País.
Ao passar os olhos por alguns comentários deixados por leitores do Publico on-line ao vídeo que o engraçadinho da turma decidiu colocar no Youtube veio-me a vontade de ter essas pessoas ao meu lado e esganá-las. Mas o que me aborreceu mais foi o aparecimento da conotação mais uma vez errada de uma presumível geração rasca. Havia um a dizer que se é esta a geração que me vai pagar a minha reforma então é melhor morrer novo! Meu amigo, eu sou de uma geração que infernizou a vida a uma pobre professora de CTV no 10º ano, com atitudes não muito longe à evidenciada no filme por toda aquela turma. E olhe, hoje em dia uns trabalham para a GALP, outros são dentistas, alguns são engenheiros, enfermeiros e outros ainda estão a fazer o doutoramento em Inglaterra, Itália ou eu mesmo na Hungria. Só alguns exemplos, meter as profissões de responsabilidade que desempenhamos todos é difícil. Se o que fizemos à pobre Fadista é correcto, não, não, é! Se devíamos ter sido chamados à atenção, sim devíamos, e até acho que fomos. Porém são comportamentos normais derivadas da irreverência juvenil! Que devem ser analisados e tratados da maneira mais adequada. Mas não dramatizar, irrita-me as pessoas que se esquecem que já foram jovens uma dia!
Se a culpa, se dos professores, se dos pais, se dos alunos ou se do governo não sei! Talvez um pouco de todos.
Friday, March 14, 2008
O dia da operação
14.03.2008, Miguel Esteves Cardoso
Enquanto o leitor trincava a sua torradinha estava eu virado e lado, como uma corpulenta odalisca, a sentir tremer as ancas sob o efeito do ópio epidural e as burilações do Black & Decker do cirurgião ortopédico. Enquanto os ossos do leitor avançam naturalmente para a decrepitude, um dos meus - a minha anca novinha em folha - terá escassas horas de uso, com todas as suas danças do ventre ainda pela frente. Como os ossos são o que fica de nós além da morte, os hospitais ortopédicos têm uma dignidade especial. Não é apenas dos vivos que cuidam - também estão a ajudar os arqueólogos dos séculos vindouros. Se hoje posso estar um bocadinho gordo, consola-me que daqui a uns séculos seremos todos magros. As ossadas parecer-se-ão muito umas com as outras. Descontada a carne, até é provável que meu esqueleto seja considerado mais bem constituido do que o do trinca-espinhas do Brad Pitt. Mas esses ossos serão ninharias para os arqueólogos. Onde a vassourinha há-de deter-se é na beleza da minha prótese. Depois de soltá-la e sorá-la, hão-de flecti-la nas mãos, admirando a engenhosa construção e pronunciando-a avançadíssima. Para a época, claro. Acabará, com certeza, nalgum museu, junto às ferramentas da idade do Bronze. Como merece. Há uma breve parte da nossa vida em que os ossos se substituem a eles próprios. Mas depois dessa ilusão dos dentes de leite, nunca mais é a mesma coisa. Ao contrário das caudas das lagartixas e das pinças das sapateiras, os humanos têm de recorrer ao exterior para substituir as peças faltosas. Numa primeira fase, são peças pequenas e exteriores, como coroas dentárias. Depois já são necessárias peças maiores e interiores, como a minha anca. Aproveitem bem os dentes e leite, que essa mama não volta a acontecer!
Depois de ler As minhas aventuras na República portuguesa fiquei para sempre apaixonado com a acidez deste senhor
Enquanto o leitor trincava a sua torradinha estava eu virado e lado, como uma corpulenta odalisca, a sentir tremer as ancas sob o efeito do ópio epidural e as burilações do Black & Decker do cirurgião ortopédico. Enquanto os ossos do leitor avançam naturalmente para a decrepitude, um dos meus - a minha anca novinha em folha - terá escassas horas de uso, com todas as suas danças do ventre ainda pela frente. Como os ossos são o que fica de nós além da morte, os hospitais ortopédicos têm uma dignidade especial. Não é apenas dos vivos que cuidam - também estão a ajudar os arqueólogos dos séculos vindouros. Se hoje posso estar um bocadinho gordo, consola-me que daqui a uns séculos seremos todos magros. As ossadas parecer-se-ão muito umas com as outras. Descontada a carne, até é provável que meu esqueleto seja considerado mais bem constituido do que o do trinca-espinhas do Brad Pitt. Mas esses ossos serão ninharias para os arqueólogos. Onde a vassourinha há-de deter-se é na beleza da minha prótese. Depois de soltá-la e sorá-la, hão-de flecti-la nas mãos, admirando a engenhosa construção e pronunciando-a avançadíssima. Para a época, claro. Acabará, com certeza, nalgum museu, junto às ferramentas da idade do Bronze. Como merece. Há uma breve parte da nossa vida em que os ossos se substituem a eles próprios. Mas depois dessa ilusão dos dentes de leite, nunca mais é a mesma coisa. Ao contrário das caudas das lagartixas e das pinças das sapateiras, os humanos têm de recorrer ao exterior para substituir as peças faltosas. Numa primeira fase, são peças pequenas e exteriores, como coroas dentárias. Depois já são necessárias peças maiores e interiores, como a minha anca. Aproveitem bem os dentes e leite, que essa mama não volta a acontecer!
Depois de ler As minhas aventuras na República portuguesa fiquei para sempre apaixonado com a acidez deste senhor
Saturday, March 08, 2008
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